Era exatamente 18h de sábado, dia 8 de março, quando o Arcebispo Metropolitano da Paraíba, Dom Manoel Delson, se posicionou diante da fogueira para a bênção do fogo que dá início à Vigília Pascal.
No entorno, os fiéis devotos de Nossa Senhora das Neves, com velas nas mãos, esperavam o Círio Pascal ser acesso para logo depois acenderem suas velas nas chamas do Círio que representa o próprio Cristo, Luz do mundo. Assim, cada um deve difundir a Luz de Nosso Senhor.
A Vigília Pascal divide-se em quatro partes: Liturgia da Luz, da Palavra, do Batismo e da Eucaristia.
A celebração tem início do lado de fora da igreja, em volta de uma fogueira, onde o celebrante abençoa o fogo; a igreja, com as luzes apagadas, recebe a Luz de Cristo simbolizada no Círio e que acende todas as velas dos fiéis.
A Palavra de Deus recorda a caminhada inteira do povo de Israel, esperando pelo Messias, ao mesmo tempo em que apresenta Jesus como o verdadeiro Salvador, que traz ao mundo a Boa Notícia.
O presidente da celebração abençoa a água com a qual vai aspirar a assembleia, num simbolismo de tornar todos Filhos e Filhas de Deus através do Batismo. É comum crianças e adultos serem batizados nesta celebração, quando todos renovam sua fé e confiança no Deus Altíssimo.
Após passar por todo esse itinerário, os fiéis alimentam-se da Eucaristia, santo remédio que cura as enfermidades do corpo e da alma.
Monsenhor Robson Bezerra, pároco da Catedral, entrou na igreja carregando o Círio e exaltando “Eis a Luz de Cristo!” a assembleia respondia “Demos graças a Deus…” Na medida em que Monsenhor Robson adentrava na nave central da Catedral, o povo se aproxima do Círio e acendia as suas velas. O Círio foi colocado no local de destaque onde permanecerá por 50 dias, quando celebramos o Pentecostes.
Depois das leituras e salmos, do cântico do Glória, com o acender das luzes, leitura do evangelho e homilia, tivemos o rito do batismo onde Dom Delson abençoou a água e aspergiu no povo reunido na Basílica das Neves. Após esses momentos o rito da comunhão e bênção final.
No domingo, às 9 horas da manhã, celebramos a Missa de Páscoa, mais uma vez um grande número de fiéis se fez presente na Catedral. Em sua homilia, Dom Delson saudou o povo proclamando que Cristo Ressuscitou!
A celebração do domingo da ressurreição nos mostra que a morte não tem a última palavra, que, passados os dias de dor, de sofrimento e agonia, a vitória da parte de Deus chegará. Que a passagem de Jesus pela morte nos dá a certeza de uma vida eterna. Depois do domingo da ressurreição, celebramos a alegria do ressuscitado. E quem celebra a alegria do ressuscitado celebra também em sua vida, em suas atitudes, os sinais da ressurreição. O bem, o amor, a misericórdia, a compaixão, o doar-se. Assim, todos nós estaremos nascendo e renascendo para uma vida nova no ressuscitado. E, também, estaremos celebrando uma santa Páscoa.