Uma verdadeira multidão no Espaço Cultural neste domingo, dia 28 de maio, para celebrar a Festa de Pentecostes da Arquidiocese da Paraíba, gente vinda de todos os cantos da região metropolitana e de todo o estado lotaram o local escolhido para celebrar os 30 anos de Pentecostes na Arquidiocese.
O Espaço Cultural ficou pequeno para a quantidade de fiéis. Toda a nave central, as rampas, o mezanino, além das áreas próximas à nave central estavam totalmente lotados, crianças, jovens, adultos, famílias inteiras foram celebrar hoje, esta que é uma das grandes festas da Igreja católica, assim como Natal e Páscoa. E, este ano, houve um motivo a mais para festejar, o Pentecostes da Arquidiocese da Paraíba comemorou 30 anos, foi justamente aqui nesse local que foi celebrado pela primeira vez essa grande festa da unidade da Igreja.
Às oito horas da manhã, os portões foram abertos e, nesse momento, já tinha um grande número de pessoas na parte de fora do prédio; gente que tinha chegado ali bem cedo trazendo no seu coração a alegria de, mais uma vez, celebrar junto com toda Igreja a festa do Espírito Santo.
Às nove horas da manhã, com o Espaço Cultural quase lotado, um andor com imagem de Nossa Senhora das Neves entrou pelo corredor central; o povo, de pé, rendia louvores à Mãe de Jesus, representada, nesse momento, pela imagem da padroeira da Paraíba, que ia carregada aos ombros de jovens do Exército de Deus; enquanto isso, o Coral Pentecostes da Arquidiocese da Paraíba ajudava o povo a rezar, cantando hinos a Nossa Senhora.
Às nove e meia da manhã, iniciou-se o Santo Terço, com a contemplação dos Mistérios Gloriosos; os setores da Arquidiocese da Paraíba se dividiram para recitar cada um dos mistérios; o primeiro mistério, setor família; segundo mistério, setor juventude; terceiro mistério, setor social; quarto mistério, setor catequético e; quinto mistério, setor missionário.
Às dez horas da manhã, teve início a solenidade de Pentecostes. Uma grande procissão de entrada trouxe todo o clero e o arcebispo metropolitano da Paraíba, Dom Manoel Delson, para celebrar com o povo de Deus. A alegria dos fiéis se misturava com a do Arcebispo ao comemorar, juntos, trinta anos da grande festa de Pentecostes.
Na homilia, Dom Delson explicou qual é o grande milagre dessa festa: “Pentecostes é a festa da unidade, é a festa da comunhão. A outra experiência, a da Torre de Babel, é a experiência da divisão; lá em Babel falavam uma só língua, mas ninguém se entendia; Pentecostes foi o contrário, os discípulos falavam na sua língua, mas cada um entendia na sua própria língua. Depois que o Espírito Santo desceu sobre os apóstolos, eles conseguiam se comunicar com todos e comunicar a mensagem do evangelho e todos se entendiam. A mensagem, quando é fundamentada no amor, todos entendem. A mensagem, quando é movida pelo Espírito Santo, todos são capazes de entender e esse é o grande milagre de Pentecostes: a compreensão da mensagem sempre nova e atual de Nosso Senhor Jesus Cristo”. Disse.
Durante a celebração, o Arcebispo, com a chama do Círio Pascal, acendeu as velas que estavam nas mãos dos vigários forâneos, simbolizando a celebração e memória dos 30 anos do Pentecostes arquidiocesano. O fogo simboliza a eficácia transformadora dos atos do Espírito Santo; a tradição da igreja fala do simbolismo do fogo como um dos mais eficazes da ação do Espírito Santo.
Ao final da celebração, momento de muita emoção. Todo o clero e o povo de Deus assistiram a um vídeo com imagens das edições passadas da festa de Pentecostes, na Arquidiocese. Foi possível ver imagens de Dom José Maria Pires, de Dom Marcelo Pinto Carvalheira, de Dom Aldo Pagotto e de todo o povo que, durante três décadas, vivencia esse momento marcante na Igreja da Paraíba.
Roberval Borba