Estamos prestes a celebrar mais uma vez o Mês de Maio, que é um tempo especial para estarmos com Nossa Senhora. Para nós, católicos, esse mês é vivenciado com amor especial à Virgem Mãe de Deus. O Povo de Deus manifesta intensamente esse amor e devoção marianos através da oração simples do terço e da liturgia. Tradicionalmente, esse mês é celebrado dentro das celebrações do Tempo Pascal para evidenciar a presença de Nossa Senhora como fiel testemunha da presença de Jesus Ressuscitado.
Mas porque nutrimos tanto amor pela Virgem Maria? Quais ensinamentos podemos aprender com Maria? O caminho da verdadeira fé passa pela imitação de Maria. Nós a amamos profundamente porque o próprio Deus a escolheu para também ser nossa Mãe. Ela é a Mãe da fé, e por isso, modelo de seguimento a Cristo para a Igreja. O amor que devotamos a Virgem Mãe de Deus não é um amor sentimental ou simplesmente apologético. Seria muito pouco ou aquém de Sua missão dada por Deus. Nós a amamos profundamente porque tudo Nela nos leva a Cristo, Ressuscitado e Vencedor da morte.
Há uma Exortação Papal mais ou menos antiga, de Paulo VI, que expressa bem a devoção do católico à Maria: “Na Virgem Maria, de fato, tudo é relativo a Cristo e dependente d’Ele: foi em vista d’Ele que Deus Pai, desde toda a eternidade, a escolheu como Mãe toda santa e a plenificou com dons do Espírito a ninguém mais concedidos” (n. 25). Para nós, católicos, há uma estreita relação entre Maria e o Cristo Salvador. É como se devêssemos olhar para Cristo do jeito que Maria O contempla. Queremos ser autênticos discípulos e missionários de Jesus? Olhemos para o jeito que Maria O segue!
Devemos nos preparar para viver mais um mês Mariano com a mais alta devoção filial. O mês Mariano deve sempre fomentar na Igreja esse jeito mariano de seguir Jesus. Ela escutou religiosamente a Palavra de Deus e fez em tudo a Vontade de Deus. Movida por essa Palavra, fez-se serviço missionário às pessoas de sua volta. Na mesa da Eucaristia, Ela nos acompanha e nos ensina a receber o Corpo de Seu Filho, que é comunhão de vontade e partida missionária. Com Maria, fazemos verdadeira comunhão com Deus e com os irmãos. São muitas as lições que aprendemos com Ela, basta que fiquemos atentos ao seu jeito simples de seguir o Evangelho de Cristo.
Na homilia da Solenidade da Mãe de Deus em 1º de janeiro deste ano, o Papa Francisco nos ensinou que “Maria, que conhece as nossas necessidades, apressa também o transbordamento da graça para nós e leva as nossas vidas rumo à plenitude.” Quanta verdade vemos aqui. Todo filho de Maria aprende a lidar com as dificuldades da vida, sabe que no final de tudo, Deus nos sustentará. Deus jamais abandona os filhos de Maria. Aqui não se trata de ingênua confiança, mas, ao contrário, com Maria aprendemos a confiar em Deus em tudo! Não importam as dificuldades que se apresentam diante dos nossos olhos; com Deus e tomados pelas mãos da Virgem Maria, superamos os desafios, sejam eles quais forem.
Peçamos com decidida confiança à Virgem das Neves que acompanhe proximamente o povo paraibano neste momento presente da história e que nunca nos faltem a esperança e o vigor da fé em nossa caminhada. Ela que nunca nos faltou com sua graça nos ajude a caminhar com esperança neste ano em que celebramos 130 anos de fundação de nossa centenária Arquidiocese, primeiramente, como diocese e, depois, erigida a Arquidiocese.