Catequistas: grande potência comunicadora e evangelizadora da Igreja

O dia do catequista é celebrado na Igreja no último domingo do mês vocacional, o mês de agosto. Quando há 4 domingos, é celebrado dentro do domingo da vocação laical. Quando há 5 domingos, como acontece este ano, o último fica todo dedicado a estes evangelizadores, chamados de educadores da fé.

Em 2021 o dia do catequista ganhou um motivo a mais para ser celebrado. Em maio deste ano o Papa Francisco lançou a Carta Apostólica “Antiquum Ministerium” onde instituiu a Catequese como Ministério Laical. Na carta, o Santo Padre afirma que o Catequista “é, simultaneamente, testemunha da fé, mestre e mistagogo, acompanhante e pedagogo que instrui em nome da Igreja”.

Para o presidente da Comissão para Animação Bíblico-Catequética da CNBB, Dom José Antônio Peruzzo, arcebispo de Curitiba-PR, os catequistas comunicam a fé com palavras e testemunhos que perpassam o tempo e a história. “O catequista faz parte da vida dos seus catequizandos. As palavras ditas hoje, que talvez ele ache que estão sendo apenas ouvidas mas sem serem absorvidas, ecoarão sempre na memória dos que as ouvem ao longo da vida. Isso se dá porque o catequista apresenta a alegria de servir ao Senhor e os catequizandos nunca irão esquecer o testemunho dado”, afirma o arcebispo.

Importante frisar que o catequista é, também, um grande comunicador. O Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil, o Doc 99 da CNBB, lembra que “a iniciação à vida cristã coloca-se, hoje, na perspectiva da evangelização que integra uma ação comunicativa constituída por três etapas articuladas entre si: a) querigma ou primeiro anúncio, b) catequese e c) ação pastoral. A fonte comunicativa na qual a catequese busca a sua mensagem é a Palavra de Deus, que conduz os catequizandos a um encontro pessoal com Jesus Cristo. Os encontros de catequese se constituem de em um ambiente comunicacional propício para a reflexão, a meditação e o aprofundamento da Sagrada Escritura.”

A base fundamental da comunicação também é o encontro e a troca. Ao mesmo tempo que transmitem o conhecimento adquirido na vivência da fé e nas formações, os catequistas também são presenteados com a bagagem dos seus catequizandos. Esse é o testemunho de Aline Rocha, catequista da Arquidiocese da Paraíba. “Preparamos o ambiente, a forma de passar o conteúdo, nos preparamos espiritualmente para esta entrega e sempre somos surpreendidos com o que nossos catequizandos trazem. São vivências, experiências, dúvidas que nos fazem refletir juntos sobre aquilo que estamos aprendendo”, relata.

Catequistas, estes potenciais comunicadores, são a força impulsionadora que alimenta a Igreja, ao lado dos catequistas por excelência, como são os homens e mulheres consagrados. Sobre sua presença necessária na vida eclesial, assim diz o Papa: “Esta presença torna-se ainda mais urgente nos nossos dias, devido à renovada consciência da evangelização no mundo contemporâneo e à imposição duma cultura globalizada, que requer um encontro autêntico com as jovens gerações, sem esquecer a exigência de metodologias e instrumentos criativos que tornem o anúncio do Evangelho coerente com a transformação missionária que a Igreja abraçou. Fidelidade ao passado e responsabilidade pelo presente são as condições indispensáveis para que a Igreja possa desempenhar a sua missão no mundo”.

Comunicação ArquiPB / especial para Pascom Brasil