Celebramos, com muita alegria, neste domingo o Dia das Mães. Sabemos da imensa importância de se ter a mãe por perto, “a mãe que ampara o filho com a sua ternura e compaixão, ajuda a despertar nele a confiança, a experimentar que o mundo é um lugar bom que o acolhe, e isso permite desenvolver uma autoestima que favorece a capacidade de intimidade e a empatia.” (Papa Francisco).
A relação materna é sempre um lugar em que devemos aprender a lidar com as dificuldades próprias da vida. Toda mãe, geralmente, sabe encorajar os filhos na superação de desafios. Não é possível educar filhos saltando o sofrimento e dificuldades. É bastante compreensível o primeiro impulso da mãe de blindar os filhos das dores, mas uma maternidade só será fecunda se se ensina os filhos a serem fortes. A missão da maternidade consiste em se oferecer em prol da família, ser auxílio de coragem para os filhos.
Vemos facilmente nas mãos e atitudes de nossas queridas mães aquela bondade encontrada no jeito materno de Nossa Senhora. A Virgem Mãe de Deus educou o Menino Deus com a coragem própria de quem aprende a lidar com as dificuldades da vida terrena.
A bondade Mariana é um verdadeiro “exorcismo” nas culturas que desaprenderam a testemunhar o bem, a verdade. Como olhar para a bondade de nossas mães e não enxergar o bem e a verdade?! A maternidade é uma verdadeira escola que nos educa para a cultura da verdade em tudo! Quantas lembranças guardamos de atos de verdades vindos de nossas mães. Elas nos deram ensinamentos que nos ajudaram na busca do verdadeiro humanismo. A maternidade, dom vindo de Deus, não negocia com a mentira e o mal. As nossas mães são sempre sinais de muita bondade e amor generoso em tudo!
Precisamos cultivar cada vez mais a valorização não somente de nossas mães, mas das mães idosas. Estas, por vezes, infelizmente, são postas de lado do ritmo frenético da vida moderna que levamos. Precisamos gastar mais tempo na companhia delas; colocar-se do lado delas somente para escutar seus queixumes. O fim da existência chega para todos e devemos ser presença solidária com aqueles que começam a se despedir da vida. Fala-se muito sobre qualidade de vida, e devemos buscá-la! Mas talvez a melhor qualidade de vida para nossas mães idosas seja a fiel companhia dos filhos ao seu redor: “(…) teus filhos, rebentos de oliveira, ao redor de tua mesa sentarão” (Sl 128,3). Devemos estar bastante atentos às nossas mães quando elas já estiverem na fase de vida idosa em que necessitarão, frequentemente, de nossa bondade e apoio.
Peçamos a Virgem Maria, Mãe Bondosa, que proteja todas as mães. Que este domingo dedicado a elas seja um sinal daquela presença dos filhos ao seu redor durante o ano inteiro. Aqueles que já não têm a presença materna nesta vida, fica o consolo da fé que nos lembra da Mãe de Deus a nos acompanhar em todos os nossos dias. Que nossas sociedades sejam cada vez mais marcadas pela bondade materna, para que sejamos vigilantes construtores de civilizações abertas a todos: crianças, jovens, adultos e pessoas idosas. Como é bom contar com o carinho e a oração de uma mãe!