Amanhã, na Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves, acontecem duas celebrações muito importantes neste tempo tão significativo. Às 9h, a solene Missa dos Santos Óleos. A Missa dos Santos Óleos é uma cerimônia litúrgica de significado profundo na vida da Igreja Católica. Durante esta celebração, os óleos sacramentais – óleo dos enfermos, óleo dos catecúmenos e óleo do crisma – são abençoados pelo Arcebispo, em comunhão com o clero presente.

Missa dos Santos Óleos, 2023

Renovação dos Compromissos Sacerdotais:
A presença de todo o clero arquidiocesano na Missa dos Santos Óleos representa a unidade e fraternidade do presbitério local. É um momento no qual os sacerdotes renovam seus compromissos ministeriais e se comprometem novamente com o serviço à comunidade cristã.

Santificação e Unção dos Fiéis:
Os óleos abençoados durante esta missa são utilizados ao longo do ano em diversos sacramentos da Igreja Católica. O óleo dos enfermos é utilizado na Unção dos Enfermos, proporcionando conforto espiritual e fortaleza para aqueles que estão doentes. O óleo dos catecúmenos é utilizado no Batismo, simbolizando a purificação e preparação para a vida cristã. Já o óleo do crisma é utilizado no Batismo, na Confirmação (Crisma) e na Ordenação Sacerdotal, conferindo a plenitude do Espírito Santo e marcando a pessoa como membro pleno da comunidade cristã.

Comunhão e Renovação da Fé:
A participação dos fiéis na Missa dos Santos Óleos proporciona uma oportunidade para a comunidade se reunir em torno de seus líderes espirituais e celebrar a sua fé em conjunto. É um momento de renovação espiritual, onde os fiéis podem testemunhar o compromisso contínuo da Igreja em servir e acompanhar o povo de Deus em sua jornada de fé.

Às 17h, será celebrada a Missa do Lava-Pés, que marca o início do Tríduo Pascal, o ápice do calendário litúrgico cristão. Esta é uma ocasião singular em que recordamos a humildade de Jesus ao lavar os pés dos seus discípulos, um gesto de amor e serviço que nos convida a seguir o seu exemplo na nossa vida diária.

Missa do Lava-Pés. 2023

Última Ceia:
A Missa do Lava-Pés recorda o momento em que Jesus, na Última Ceia, instituiu a Eucaristia e demonstrou humildade ao lavar os pés dos seus discípulos. Este evento simbólico é central para a fé cristã, pois representa o sacrifício de Jesus pelo perdão dos pecados e o dom da sua presença contínua na Eucaristia.

Ensinamento sobre Serviço e Humildade:
O gesto de Jesus ao lavar os pés dos seus discípulos é um poderoso exemplo de serviço e humildade. Ele ensina que, para ser verdadeiramente grande no Reino de Deus, é preciso estar disposto a servir aos outros. Portanto, a Missa do Lava-Pés nos desafia a refletir sobre nossa própria disposição em servir e amar os outros, seguindo o exemplo de Cristo.

Abertura do Tríduo Pascal:
A Missa do Lava-Pés marca o início do Tríduo Pascal, o período mais sagrado do ano litúrgico cristão, que culmina na celebração da ressurreição de Jesus no Domingo de Páscoa. Como tal, esta missa tem um significado especial como a porta de entrada para os eventos que levam à redenção e salvação da humanidade.

Celebração da Eucaristia:
Durante a Missa do Lava-Pés, a Eucaristia é celebrada de forma solene, lembrando-nos da importância deste sacramento na vida da Igreja. A Eucaristia é o memorial do sacrifício de Cristo na cruz e a fonte e ápice de nossa vida cristã, fortalecendo-nos espiritualmente e unindo-nos a Cristo e à sua Igreja. Em resumo, a Missa da Instituição da Eucaristia ou Lava-Pés é uma celebração rica em simbolismo e significado espiritual, que nos convida a contemplar o amor sacrificial de Cristo.
Após a Missa do Lava-Pés, teremos a Adoração ao Santíssimo Sacramento, proporcionando aos fiéis a oportunidade de contemplar a presença real de Cristo na Eucaristia.

Ambas as celebrações serão presididas por Dom Manoel Delson, Arcebispo da Paraíba, que conduzirá os fiéis em oração e reflexão neste tempo sagrado da Semana Santa. A participação nestes ritos litúrgicos é uma oportunidade para os fiéis renovarem sua fé, mergulharem na espiritualidade da Semana Santa e se unirem em comunhão.

Roberval Borba