Na noite de ontem, quarta-feira de cinzas, a Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves, situada no centro de João Pessoa, capital paraibana, testemunhou a celebração que marcou o início da quaresma. Fiéis de diversas partes da cidade lotaram a igreja histórica, formando um cenário de comunhão e reflexão.
Os fiéis receberam as cinzas e recordaram das palavras bíblicas que estão no livro de Gênesis 3,19: “Pois tu és pó e ao pó voltarás”. Essa afirmação é feita por Deus a Adão e Eva após a queda, quando o pecado entrou no mundo. As cinzas simbolizam nossa mortalidade e a necessidade de humildade diante de Deus. Esse gesto não apenas nos relembra da brevidade da vida terrena, mas também nos convida a reconhecer nossa dependência do Criador.
A Missa foi presidida por Dom Manoel Delson, Arcebispo Metropolitano da Paraíba. Em sua homilia, Dom Delson ressaltou a importância do período quaresmal, comparando-o à trajetória de Jesus em direção a Jerusalém. Ele enfatizou a necessidade de os fiéis realizarem uma jornada pessoal durante os 40 dias, buscando a paz com o Senhor.
“É o tempo em que Jesus se movimenta para Jerusalém. Ele vai subir para Jerusalém. E Ele já previa o que iria acontecer em Jerusalém. E nós, nesses 40 dias, vamos fazendo a nossa caminhada, também, para a subida da paz com o Senhor”, afirmou o Arcebispo.
Dom Delson destacou três práticas fundamentais para esse período: oração, caridade e jejum ou penitência. Segundo ele, a oração é essencial para colocar os fiéis diante de Deus; a caridade estabelece uma relação significativa com o próximo; e o jejum ou penitência são práticas internas que devem ser adotadas. A mensagem de Dom Delson ressoou entre os presentes, inspirando muitos a refletirem sobre seu compromisso pessoal durante a quaresma.
A quarta-feira de cinzas marca o início desse período de preparação para a Páscoa, e a Missa na Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves não apenas cumpriu seu papel litúrgico, mas também proporcionou aos fiéis um momento de conexão espiritual e renovação de propósitos.
Roberval Borba