O Evangelho deste III Domingo do Tempo Comum nos convoca para a escuta atenta do início da pregação de Nosso Senhor: “Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo: arrependei-vos e acreditai na Boa Nova” (Mc 1,15). Para nós, cristãos, o Reino de Deus é a própria Pessoa de Jesus! Com o Mistério de Sua Encarnação, sua morada no meio dos homens e mulheres, essa pregação do Reinado de Deus assume um rosto, assume a carne dos homens.
A pregação do Reino de Deus tem transformado a história da humanidade. Muitos são os santos, a exemplo do Apóstolo Paulo, cuja conversão celebraremos no próximo dia 25 de janeiro, que, deixaram-se inundar pela luz de Cristo. Por meio do Batismo, todos nós encontramos o Senhor, a alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Quantos se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento. Com Jesus Cristo, renasce sem cessar a alegria (Papa Francisco). O caminho de conversão que decorre do anúncio do Reino de Deus gera uma disposição interior para nos colocarmos à serviço dos irmãos: “Levanta-te e põe-te a caminho da grande cidade de Nínive e anuncia-lhe a mensagem que eu te vou confiar” (Jn 3,2). O profeta Jonas é o símbolo da Igreja que peregrina neste tempo da história e que é enviada a evangelizar as estruturas de nossas sociedades.
O Papa Francisco, quando fala do Reino de Deus, frequentemente fala da sua potência. O Reino de Jesus cresce dentro de nós! Tem poder de nos transformar e o que está à nossa volta. Sabemos dos enormes desafios da evangelização nos grandes centros urbanos. São muitas as complexidades presentes entre os jovens. As famílias cristãs precisam acolher novamente o frescor do anúncio querigmático da fé. São muitos os desafios! Mas não podemos parar, somos constantemente fascinados pela alegria do Evangelho de Cristo que não nos falta e que nos motiva para o compromisso evangelizador de nossos irmãos. O Reino de Deus sempre será forte e nos chamará à mudança! Eis o nosso desafio!
A cidade de Nínive era tão grande que o profeta Jonas precisou de três longos dias para atravessá-la (Cf. Jn 3,3). A Igreja dos nossos dias não está sozinha, ela conta com o vigor dos santos e mártires. Estes são como testemunhas fieis a nos convencer que, na travessia da história, o Senhor caminha conosco. Basta obedecermos a voz de Deus! É o Senhor quem nos indica o caminho a percorrer. A evangelização da Igreja encoraja-se e gera frutos quando, obedientemente, trilha o caminho do Senhor. Não podemos cair na tentação de percorrer caminhos fáceis ou da moda. O caminho da fé é percorrido na sombra do caminho dos santos da Igreja. Não há
caminho errado quando entramos nesse caminho de conversão rumo ao Reino de Deus, que já começa aqui na história e findará na eternidade.
Que Nossa Senhora, a nova estrela da evangelização, nos ajude a enfrentar os enormes desafios deste tempo e que seu amor
maternal console a Igreja para avançar no caminho de Jesus.