O último dia do XVII Congresso Nacional da Pastoral Familiar, realizado em João Pessoa (PB), foi marcado por profundas reflexões sobre os caminhos da evangelização em meio aos desafios contemporâneos. As conferências destacaram a importância da esperança, da fé e da abertura às transformações que a Igreja e a sociedade vivenciam.
A primeira conferência do dia, “Que(ais) esperança(s) para a família numa sociedade fragilizada?”, foi conduzida pelo arcebispo de Olinda e Recife (PE), Dom Paulo Jackson. O bispo apresentou os sintomas da fragilidade e fragmentação das famílias, mas também apontou sinais de esperança que iluminam a missão da Pastoral Familiar.
“Olhando o caminho feito pela Pastoral Familiar no Brasil, obviamente rendemos graças por tantas belezas e riquezas. E como temos percebido, esse caminho é marcado pela esperança que não decepciona. Essa esperança tem um nome e um rosto: Jesus Cristo”, afirmou Dom Paulo.

Inspirado na Sagrada Família de Nazaré, o arcebispo destacou que ela é o modelo por excelência de uma vida marcada pela esperança e pelo amor que sustenta. Recordando palavras do Papa Francisco, reforçou: “A família é uma fábrica de esperança, a coisa mais linda que Deus já fez”.
Na sequência, a conferência “Evangelizar num mundo em constante transformação: novos desafios e paradigmas para a Pastoral Familiar” foi proferida por Dom Moacir da Silva, bispo de Barreiras (BA). Ele abordou a necessidade do equilíbrio entre permanência e mudança na vida da Igreja e da sociedade.
Dom Moacir também traçou um perfil para os agentes da Pastoral Familiar: “Precisamos de agentes e peregrinos que busquem o que parece impossível, pois estes contemplam coisas inacreditáveis. Precisamos de agentes que acreditem em coisas inacreditáveis, para o mundo e até para a ciência, porque estes realizarão coisas que pareciam impossíveis. Acreditar nas coisas que parecem impossíveis e lutar: com fé, com interesse, com entusiasmo e esforço, elas se realizarão.”

O encerramento do congresso deixou claro que, diante de uma sociedade em transformação, a missão da Pastoral Familiar continua enraizada na Palavra de Deus, mas aberta aos desafios e às novas formas de evangelizar.
Por Jéssica Nascimento