Dízimo é compromisso de amor e pertença

Muitas vezes o católico se questiona – ou é questionado – sobre o Dízimo. Atitude pastoral e sinal de pertença, o Dízimo é uma partilha de amor, um compromisso de gratidão assumido por fieis que compreendem o valor desse gesto.

No Catecismo da Igreja Católica, apesar de não conter a palavra “Dízimo”, o texto traz a referência necessária para a compreensão. O CIC apresenta ao povo de Deus os 5 mandamentos da Igreja: 1) Participar da missa inteira dos domingos e festas de guarda e abster-se de ocupações de trabalho; 2) Confessar-se ao menos uma vez por ano; 3) Receber o sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa da ressurreição; 4) Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja; 5) Ajudar a Igreja em suas necessidades. E acrescenta: “recorda aos fiéis que devem ir ao encontro das necessidades materiais da Igreja, cada um conforme as próprias possibilidades”.

O Dízimo não é uma estrutura financeira, é ação evangelizadora e, por isso é uma pastoral. O autor de vários livros sobre o Dízimo, palestrante e missionário Aristides Madureira explica: “Um equívoco achar que a missão é fazer dinheiro ou atingir metas econômicas. A Pastoral do Dízimo tem como missão cuidar das pessoas. O conselho econômico da paroquia é quem é responsável pela administração econômica, pois é preciso organização na gerência dos valores. Mas a Pastoral do Dízimo é responsável por esclarecer, conquistar o coração dos fieis e despertar nas pessoas o sentimento de pertença à comunidade e, para isso, ela precisa os amar primeiro, ir ao encontro.”

Na Arquidiocese da Paraíba a Pastoral é coordenada pelo Padre Cícero Salvador. Ele fala sobre o tempo desafiador que a pandemia trouxe. “Nesse contexto de privação, manter o Dízimo é um teste de fé. Importante a perseverança no Dízimo numa época difícil, para mostrar a constância da fé. A pessoa que faz a experiência, mesmo passando pelas provações, faz o seu gesto como compromisso espiritual em devolver a Deus para que nunca nada lhe falte. Mas é importante também estar atento ao Catecismo, que diz: ‘de acordo com suas possibilidades’”.

Ainda falando em pandemia, o Dízimo é quem tem ajudado a Igreja, as Paróquias, a manterem, por exemplo, os funcionários (secretários, manutenção…) e também atendendo às necessidades dos irmãos em situação de vulnerabilidade.

Cada Paróquia tem a sua organização pastoral e suas formas de atender aos dizimistas ou àqueles que queriam compreender mais sobre a Pastoral e esse compromisso de amor. “Procure a sua Paróquia, informe-se sobre a Pastoral do Dízimo e perceba, no seu coração, qual é o seu real desejo. Lembre-se que o Dízimo não é uma obrigação, é um compromisso de amor e de pertença”, conclui o Pe. Salvador.

QUER SABER MAIS?

Como o Dízimo transforma a comunidade Paroquial? Qual a história e o contexto bíblico do Dízimo? Estas e outras questões estão no Podcast Diálogos. Roberval Borba reuniu Aristides Madureira e Pe. Cícero salvador numa conversa bem interessante que ainda tem a participação de Pe. Paulo cordeiro, Dom Edson Oriolo (MG) e da dizimista Arani Mayara.

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