Na tarde desta quinta-feira (04), o Centro Cultural São Francisco foi palco de um acontecimento inédito e histórico: o primeiro casamento coletivo de pessoas privadas de liberdade realizado na Igreja Católica, na Arquidiocese da Paraíba. A celebração foi presidida por Dom Manoel Delson, Arcebispo Metropolitano da Paraíba, e reuniu casais que, diante de Deus e da sociedade, selaram o compromisso do matrimônio.

A emoção marcou cada instante da cerimônia, que foi conduzida em clima de fé, esperança e recomeço. Para além das circunstâncias desafiadoras, os casais disseram “sim”, testemunhando que o amor pode florescer em qualquer realidade.

A iniciativa nasceu de um esforço conjunto que envolveu a Pastoral Carcerária da Arquidiocese da Paraíba, o Seminário Arquidiocesano, as Polícias Militar, Civil e Penal, a Secretaria de Execuções Penais, o Tribunal de Justiça da Paraíba, o Ministério Público, a Anoreg e o Conselho das Comunidades.

Mais que um ato jurídico e religioso, a celebração foi um gesto concreto de inclusão, dignidade e misericórdia, reafirmando a força do Evangelho e o papel da família como espaço de transformação.

Dom Delson destacou que o matrimônio é sinal do amor de Deus na vida da Igreja e na sociedade.

“O casamento é um sacramento que traz a bênção de Deus para o casal e para a família. Hoje celebramos não apenas uma união, mas também a esperança de novos caminhos de vida e de fé”, afirmou o Arcebispo.

O momento histórico reforça o compromisso da Igreja com a evangelização em todos os espaços e com a missão de anunciar que ninguém está excluído do amor de Cristo. Ao final da cerimônia, os casais receberam a bênção e o abraço da comunidade eclesial, testemunhando que o amor é capaz de superar barreiras e abrir horizontes de esperança.

Assessoria de comunicação