Estamos nas mãos de Deus. Estas foram algumas das primeiras palavras do Santo Padre, Leão XIV, ao se apresentar ao mundo neste 08 de maio. Estamos imensamente felizes! A Igreja de Cristo que continua sua jornada peregrina no mundo agora volta a ter novamente o Sucessor de Pedro. Para os católicos, a missão do Papa é fundamental para a presença efetiva da Igreja nas estradas do mundo. O Papa tem a missão de confirmar a Igreja na fé e no Evangelho de Cristo.
“Estamos nas mãos de Deus” é uma expressão que aponta para a confiança, própria deste tempo Pascal. O mal não prevalecerá. O pecado já foi vencido pelo poder do amor de Cristo Ressuscitado. Estar nas mãos de Deus é uma atitude decidida de filhos que se sentem amados pelo Senhor. O Papa Leão XIV sabe que o mundo e a Igreja atravessam grandes dificuldades, mas ele também carrega a convicção de que Deus continuará acompanhando a missão da Igreja.
A confiança filial de saber-se estar nas mãos de Deus também gera o compromisso social da paz. Suas palavras sobre o dom da paz foram impactantes diante dos horrorosos espetáculos de guerras que assistimos. O nosso Papa Leão disse: “Esta é a paz de Cristo Ressuscitado, uma paz desarmada e uma paz desarmante, humilde e perseverante. Ela vem de Deus, Deus que nos ama a todos incondicionalmente.” A paz social é, antes de tudo, um dom que vem de Deus. Deus quer a unidade entre todos os povos. O Papa nos convoca para o empenho ordinário dessa paz.
Festejamos neste domingo o Dia das Mães. Sabemos da imensa importância de se ter a mãe por perto, “a mãe que ampara o filho com a sua ternura e compaixão, ajuda a despertar nele a confiança, a experimentar que o mundo é um lugar bom que o acolhe, e isso permite desenvolver uma autoestima que favorece a capacidade de intimidade e a empatia.” (Papa Francisco). A relação materna é sempre um lugar em que devemos aprender a lidar com as dificuldades próprias da vida. Toda mãe, geralmente, sabe encorajar os filhos na superação de desafios. Não é possível educar filhos saltando o sofrimento e as dificuldades. É bastante compreensível o primeiro impulso da mãe de blindar os filhos das dores, mas uma maternidade só será fecunda se se ensina os filhos a serem fortes.
Vemos facilmente nas mãos e atitudes de nossas queridas mães aquela bondade encontrada no jeito materno de Nossa Senhora. A Virgem Mãe de Deus educou o Menino Deus com a coragem própria de quem aprende a lidar com as dificuldades da vida terrena. Neste ano jubilar, podemos perceber claramente a bondade Mariana como um verdadeiro caminho de feliz esperança. Como olhar para a bondade de nossas mães e não enxergar o bem e a verdade?! A maternidade é uma verdadeira escola que nos educa para a cultura da verdade em tudo! Quantas lembranças guardamos de atos de verdades vindos de nossas mães. Elas nos deram ensinamentos que nos ajudaram na busca do verdadeiro humanismo. A maternidade, dom vindo de Deus, não negocia com a mentira e o mal.
Precisamos cultivar cada vez mais a valorização não somente de nossas mães, mas das mães idosas, como sempre nos lembrava o saudoso Papa Francisco. Estas, por vezes, infelizmente, são postas de lado do ritmo frenético da vida moderna que levamos. Precisamos gastar mais tempo na companhia delas; colocar-se do lado delas somente para escutar seus queixumes. O fim da existência chega para todos e devemos ser presença solidária com aqueles que começam a se despedir da vida. Deus abençoe sempre o nosso Papa Leão e as mães do mundo inteiro.