No mês de março, os católicos celebram a memória solene de São José, guardião da Família de Jesus e Patrono da Igreja universal. Na homilia do ano passado, no dia de são José, o Papa Francisco nos disse algo muito bonito sobre a missão do Esposo da Virgem Maria: “Permanece ao lado de Maria, sua esposa, tanto nos momentos serenos como nos momentos difíceis da vida, na ida a Belém para o recenseamento e nas horas ansiosas e felizes do parto; no momento dramático da fuga para o Egito e na busca preocupada do filho no Templo; e depois na vida quotidiana da casa de Nazaré, na carpintaria onde ensinou o ofício a Jesus”. Ele também permanece em nossas vidas através de sua intercessão.
Quando detemos os olhos na imagem tradicional do pai adotivo de Jesus podemos constatar a singeleza de um pai a segurar seu filho, e o faz de maneira firme e amorosa. O glorioso São José segura Aquele que sustentou e salvou o mundo na cruz. Podemos imaginar quanta harmonia existiu na família de Nazaré, Jesus, Maria e José. O rancor e impaciência não conheceu o lar de José. Todo pai sabe segurar e proteger seu filho nos braços, e naquela família não foi diferente. Habitou entre eles relações amorosas de sacrifício e de entrega mútua.
Sabemos que o único mediador entre Deus e os homens é Nosso Senhor, Ele é a única ponte que nos propicia a comunhão com o Pai. Os santos fazem mediação porque estão na única mediação de Jesus. Para o Papa Bento XVI, o testemunho dos santos explica as Sagradas Escrituras. E o que dizer de um santo que cuidou do Menino Jesus? Uma das principais virtudes de São José fora a da obediência. Em tudo ele cumpriu a vontade de Deus em sua vida e na de sua pequena família. O mundo que habitamos está acostumado a divergir do caminho da obediência, habituou-se a ser autônomo e a não querer depender de Deus. O pai de Jesus cuidou Daquele que nos mostrou o caminho da obediência, aprendeu bem a tornar-se dócil e escolheu a via da imolação e entrega da vontade.
Uma família cristã para parecer-se com a família de Nazaré precisa viver os valores inegociáveis do Evangelho. Estes exigem, acima de tudo, a escolha de viver para o outro. Podemos imaginar inúmeras cenas familiares que povoaram a casa de José; quantas vezes O Menino Deus correu livremente pelo chão, como faz toda criança normal, naquele lar tão humilde e repleto de amor. O amor, que se encarnou entre os homens, corria livremente porque assim age nos corações que se abrem aos outros. Naquele Lar Redentor, o amor corria livremente, principalmente, porque Maria e José eram abertos à graça de Deus. Nada retinham e só conheciam a lógica evangélica do “perder para ganhar”.
As famílias cristãs podem contar com a intercessão de São José. Quantas guerras ideológicas cercam os valores familiares. Como católicos, nós defendemos o direito natural de construir a vida humana sobre a base familiar. Que a intercessão do humilde e grandioso São José nos favoreça a constante graça de cuidar de nossas famílias. Seja-nos concedido o caminho das virtudes da paciência e da escuta. Que o bondoso e patrono universal da Igreja nos ensine a amar Jesus com decisão firme e caridade aberta aos outros.