A Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos divulgou, nesta segunda-feira (13), o texto do ritual de instituição do ministério de catequistas. Depois de instituir formalmente o ministério com o motu próprio Antiquum ministerium, no dia 10 de maio passado, o Papa aprovou e publicou um Editio typica que introduz um Rito específico de Instituição dos Catequistas. Este é um texto básico que será depois traduzido e adaptado pelas várias Conferências Episcopais de todo o mundo e que estará em vigor a partir de 1º de janeiro de 2022.
O rito poderá ser realizado durante uma Missa ou uma celebração da Palavra de Deus e seguirá um esquema preciso: exortação, convite à oração, texto de bênção e entrega do crucifixo. O Arcebispo Arthur Roche, prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, enviou carta aos presidentes das Conferências Episcopais com explicações acerca do novo ministério. O prefeito esclarece, na carta, que o ministério de catequista é serviço estável prestado à Igreja local e que deve ser exercido por leigos batizados. O ministério não é, sob nenhuma hipótese, igual ou substituto do ministério ordenado na vida eclesial. A carta diz ainda que, “em virtude do Batismo”, os catequistas são chamados a ser “corresponsáveis na Igreja local no anúncio e transmissão da fé, desempenhando este papel em colaboração com os ministros ordenados e sob a sua orientação”.
A carta do prefeito especifica que, uma vez que este ministério tem “um forte valor vocacional que requer o devido discernimento por parte do bispo”, nem todos aqueles que são chamados “catequistas” ou que realizam um serviço de colaboração pastoral devem ser instituídos. Em particular, não devem ser instituídos: candidatos ao diaconato e ao presbiterado; religiosos e religiosas, independentemente de pertencerem a institutos cujo carisma é a catequese; professores de religião nas escolas; e aqueles que realizam um serviço destinado exclusivamente aos membros de um movimento eclesial, aos quais esta função “preciosa” é confiada pelos responsáveis dos movimentos e não pelo bispo.
No que diz respeito àqueles que acompanham a iniciação de crianças e adultos, também eles não precisam necessariamente serem instituídos no ministério específico, mas devem receber no início de cada ano catequético “um mandato eclesial público com o qual é confiada a eles esta função indispensável”.
O novo ministério da Igreja, segundo Dom Roche, tem duas grandes orientações fundamentais: catequistas com a tarefa específica da catequese; e outros que participam nas várias formas de apostolado, como a guia da oração comunitária; assistências aos doentes; as celebrações de funerais; a formação de outros catequistas; a coordenação de iniciativas pastorais; ajuda aos pobres.
As Conferências Episcopais – no caso do Brasil, a CNBB – são responsáveis pela divulgação da carta e do rito em cada país, com a devida tradução.
Confira o Motu Proprio do Papa Francisco onde ele institui o Ministério de Catequista
Comunicação ArquiPB com Vatican News