Nesta quinta-feira, dia 3, a Igreja celebra uma data de grande importância para os Católicos: Corpus Christi. Assim como no ano anterior, as celebrações acontecem com as reservas impostas pelos decretos arquidiocesano e das autoridades públicas. Missas nas Paróquias com ocupação máxima de 30% da capacidade da igreja, sem procissões e com tapetes confeccionados dentro dos templos. O Arcebispo aproveita a data e celebra na Catedral a Missa dos Santos Óleos, adiada desde a Semana Santa.
Tradicionalmente as Paróquias confeccionam tapetes para a procissão de Corpus Christi, mas com a proibição de eventos que promovam aglomeração de pessoas, as Paróquias mantêm a tradição e confeccionam os tapetes na parte interna das igrejas. As celebrações acontecem em horários variados nas paróquias, lembrando que não haverá feriado neste dia, pois o mesmo foi antecipado para a semana de carnaval.
O Arcebispo da Paraíba aproveitou a solenidade e agendou a Missa dos Santos Óleos, que deveria ter acontecido na Semana Santa. Nesta celebração, além da bênção dos óleos sacramentais, todos o clero é convocado a fazer a renovação dos votos, porém, com as restrições, ficou determinado que apenas o conselho presbiteral e vigários forâneos participarão presencialmente da celebração. Os demais, acompanharão de forma virtual. A Missa será às 9h na Catedral, com transmissão através do canal da Arquidiocese no Youtube.
CORPUS CHRISTI
A festa de Corpus Christi (Corpo de Cristo em latim) tem por objetivo celebrar solenemente o mistério da Eucaristia – o Sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo.
Acontece sempre em uma quinta-feira, em alusão à Quinta-feira Santa, quando se deu a instituição deste sacramento. Durante a última ceia de Jesus com seus apóstolos, Ele mandou que celebrassem Sua lembrança comendo o pão e bebendo o vinho que se transformariam em seu Corpo e Sangue.
A celebração teve origem em 1243, em Liège, na Bélgica, no século XIII, quando a freira Juliana de Cornion teria tido visões de Cristo demonstrando-lhe desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque.
Em 1264, o Papa Urbano IV através da Bula Papal “Trasnsiturus de hoc mundo”, estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a São Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos que, até hoje, são usados durante a celebração. Compôs o hino “Lauda Sion Salvatorem” (Louva, ó Sião, o Salvador), ainda hoje usado e cantado nas liturgias do dia pelos mais de 400 mil sacerdotes nos cinco continentes.
A procissão com a Hóstia consagrada conduzida em um ostensório é datada de 1274. Foi na época barroca, contudo, que ela se tornou um grande cortejo de ação de graças.