No último final de semana, a Arquidiocese da Paraíba realizou o 24 Horas Para o Senhor, e o povo da igreja paraibana mais uma vez se fez presente em todos os momentos do evento. Uma sugestão do Papa Francisco desde o início do seu pontificado, pedindo para que as paróquias de todo o mundo realizem, entre o terceiro e o quarto domingo da Quaresma, momentos de oração, adoração, confissões e celebrações.
Este foi o nono ano do evento na Arquidiocese, que, a programação teve início na sexta-feira dia 24, ao meio-dia, com uma Missa na igreja Nossa Senhora das Mercês, no centro de João Pessoa, presidida pela Arcebispo Metropolitano da Paraíba, Dom Manoel Delson, e concelebrada por vários padres. Logo após a Missa, conduzindo o Santíssimo, Dom Delson se dirigiu ao palco instalado no Parque Sólon de Lucena (Lagoa) para o momento de adoração.
Padre Márcio José, Coordenador de pastoral da Arquidiocese da Paraíba e um dos organizadores do evento, ressaltou as duas grandes graças do 24 Horas Para o Senhor: “A gente faz a experiência já há nove anos desse evento e esse edição é toda especial depois de um tempo de pandemia. Creio que tem sido um marco, ver a unidade, a comunhão das novas comunidades, e um rosto arquidiocesano de missão para além de nossas igrejas, uma igreja em saída. Então, é algo que nos encanta; perceber a vida da igreja próxima ao povo. Duas coisas muito significativa do 24 Horas Para o Senhor é, primeiro, Jesus Eucaristia. A gente percebe que tem um poder de atração muito forte. Jesus Eucaristia é a nossa razão de ser e de existir. Então, nós estamos percebendo que, mais um ano, e somos como igreja particular da Paraíba oportunizando às pessoas a irem ao encontro do Senhor na Eucaristia. A segunda grande graça é o sacramento da confissão, que é a proposta do Papa Francisco, de buscarmos, ir ao povo. Dá oportunidade para o povo vir ao encontro do sacramento da confissão”.
Durante toda a tarde e ao mesmo tempo em que acontecia a adoração, padres da nove foranias da Arquidiocese se revezavam para atender as confissões de uma multidão debaixo das árvores ao redor do parque da lagoa. Nesse mesmo momento, leigos faziam os aconselhamentos e psicólogos voluntários se dividiam para fazer a escuta psicológica dos que precisassem.
Dom Delson disse que o evento atende um pedido do Papa Francisco: “É a Igreja que sai para as ruas para atender ao povo. E nós não podemos nem imaginar os benefícios que as pessoas recebem nessas 24 horas aqui. Eu fico feliz em me fazer presente e participar diretamente, pois é isso que a igreja nos pede, ir ao encontro. Se fazer presente na vida do outro. Ir aonde o povo está. E aqui é um gesto deste movimento da igreja que vai ao encontro para atender e para dispensar as graças divinas. O Papa ultimamente tem pedido para os bispos e padres para oferecer o perdão. O Papa diz de um jeito concreto ‘de o perdão’, ‘ofereça o perdão’; então, a gente está aqui para isso, para ajudar as pessoas a se aproximarem de Deus no sacramento da penitência e por esses momentos intensos de louvor, de adoração, de celebração da Eucaristia e do sacramento da confissão”.
No início da noite, uma Missa, seguida de um show, com vários padres cantores e convidados, preparou o povo para a vigília da madrugada, que aconteceu na igreja Mãe dos Homens no bairro de Tambiá, onde às 3h aconteceu mais uma celebração eucarística.
No sábado, dia 25, procissão do santíssimo, confissões e uma via sacra marcaram a programação. Para finalizar, a última Missa no palco central do evento, pontualmente ao meio-dia, presidida pelo Vigário Geral da Arquidiocese, Padre Luiz Júnior; que fez um breve balanço da importância do evento: “Como sempre, as pessoas atendem o nosso chamado; que, na realidade, não é nosso; é o próprio Deus que nos chama para nos reunirmos nessas 24 horas e experimentarmos da sua misericórdia. Então, de ontem ao meio-dia até agora ao fim do evento, foram centenas de pessoas que aqui passaram para louvar, confessar, para participar da Eucaristia… Então de fato, aqui neste espaço nós experimentamos mesmo a Igreja em saída, aquilo que o Papa Francisco pede de nós, que a gente vá ao encontro, principalmente, daqueles que estão afastados da igreja, aqueles que, vindo ao trabalho, ou a lazer, passaram por aqui e aproveitaram para fazer a sua confissão sacramental. Podemos dizer que, do ponto de vista humano, o evento foi bem sucedido e, do ponto de vista espiritual, certamente Deus sabe no seu coração quantos bons frutos foram colhidos aqui nessas 24 horas para o Senhor”.
Roberval Borba